Tenhamos todos um Maravilhoso 2008!
Sou como você me vê.Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar. Clarice Lispector
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
Bela, Florbela...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo para me ver
E que nunca na vida me encontrou!
sábado, 29 de dezembro de 2007
Selos & agradecimentos...
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Amor pra recomeçar...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Mensagem de Natal...
Sê a expressão
da bondade de Deus
Bondade expressa em teu rosto
e nos teus olhos,
bondade nos teus sorrisos
e na tua saudação.
Às crianças, aos pobres
e a todos aqueles que sofrem
na carne e na alma,
oferece sempre
um sorriso de alegria.
Dá a eles não só o teu auxílio
mas também o seu coração.
O amor torna tudo brilhante,
agradável e vantajoso.
O amor é o vaso
que contém alegria!
(Madre Teresa)
domingo, 23 de dezembro de 2007
Khalil Gibran...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
Clarice Lispector
Atenção ao sábado
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
Domingo de manhã também é a rosa da semana.
Não é propriamente rosa que eu quero dizer.
(Texto extraído do livro "Para não Esquecer", Editora Siciliano - São Paulo, 1992.)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
O que é a felicidade?
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Que mulher és tu...
Fotografia: olhares.com
Que mulher és tu
Ah, que mulher és tu...
Ora mansidão, ora tempestade.
Por vezes o temido leão,
depois a frágil gazela.
A saudade arrebatadora,
a fria indiferença.
A capacidade do sim e do não
repousada no eterno e no efêmero.
Como a Fênix, indestrutível.
Seja, pois, bem-vinda, em seu retorno,
aos prazeres do tormento.
Que te seja leve o que sentes,
e que seja para sempre o teu esquecimento.
O limite do irreversível, por fim, é o querer.
Não esqueças, mulher,
que o recôndito do sentimento
é o abrigo do coração.
(autor desconhecido)
domingo, 2 de dezembro de 2007
Acordar, Viver...
Acordar, Viver
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
(Carlos Drummond de Andrade)
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Augusto dos Anjos...
Alva d’aurora, e em lânguida sonata
Vinhas transpondo a margem do caminho,
Branca bem como empalidecido arminho,
Alvorejando em arrebol de prata.
Bendita a Santa do Carinho, inata!
E, ajoelhando à imagem do Carinho,
O roble altivo entreteceu-te um ninho,
Alva d’aurora, te acolheu a mata.
Pérolas e ouro pela serrania...
No lago branco e rútilo do dia
O azul pompeava para sempre vasto.
Chegaste, o seio branco, e, tu, chegando,
Uma pantera foi-se ajoelhando,
Rendida ao eflúvio do teu seio casto!
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Khalil Gibran...
Amo-te...
domingo, 25 de novembro de 2007
Pablo Neruda...
Te quero
Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.
Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viajante
É não ver-te e amar-te como um cego.
Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.
Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor,
a sangue e a fogo.
Cadê o amor?
Dois corações
(Ronaldo Bastos / André Sperling)
De que é feito o amor?
Dizem que o amor é pai
O que o amor me deu
Ninguém vai me tirar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
Uniu dois mundos em vidas tão separadas
Juntou caminhos, mas separou as estradas
Cadê o amor, cadê?
Sinto que ele vai chegar
Posso morrer de amor
Ou por amor calar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
Ser feliz, parabéns...
Se desmancha em flores, luz.
Felicidade de “estar” contigo, lembrar de você
Estar aqui com você, lembrar do seu dia.
Parabéns pelo acaso, efêmero caminho...
Parabéns para você, parabéns para mim
Por lembrar de você, neste dia tão lindo
Um forte abraço, um amasso...
Um beijo e meu bem querer
Parabéns pra você!
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Mensagem do dia...
sábado, 10 de novembro de 2007
Espumas ao vento...
Sei que aí dentro ainda mora um pedaçinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento, raiva passageira
Mania que dá e passa, feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar
Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
E sem saber direito a onde ir e o que fazer
Eu não encontro uma palavra para te dizer
Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo
De uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar
Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
E sem saber direito a hora e o que fazer
Eu não encontro uma palavra só pra te dizer
Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo
Fagner - Composição: Accioly Neto
Um momento. Clarice Lispector...
“Sinto que todos os afetos da minha alma encontram, na voz e no canto (...) as suas próprias modulações, vibrando em razão de um parentesco oculto, para mim desconhecido, que entre eles existe. Mas o deleite de minha carne, ao qual se não deve dar licença de enervar a alma, engana-me muitas vezes. Os sentidos, não querendo colocar-se humildemente atrás da razão, negam-se a acompanhá-la (...) Deste modo peco sem consentimento, mas advirto depois."
(...) Estou melancólica. É de manhã. Mas conheço o segredo das manhãs puras. E descanso na melancolia.”
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
Mel do amor...
A ABELHA E A FLOR
Ide pois aos vossos campos e pomares,
e lá aprendereis que o prazer da abelha
é de sugar o mel da flor,
mas que o prazer da flor
é de entregar o mel à abelha.
Pois, para a abelha,
uma flor é uma fonte de vida.
E para a flor
uma abelha é mensageira do amor.
E para ambas,
a abelha e a flor,
dar e receber o prazer
é uma necessidade e um êxtase.
(Khalil Gibran)
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Escreve-me...
Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!
Escreve-me!Há tanto,há tanto tempo
Que te não vejo, amor!Meu coração
Morreu já,e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!
"Amo-te!"Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então...brandas...serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...
terça-feira, 30 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Se você vier...
Os meus dias serão iluminados
se você vier falar comigo.
Contarei as horas e os dias
que passarão até chegar a ti meu amor!
Oh! grande luz, salva-me do teu assédio...
Porque me dizes cruel nesta vida.
Não! Não tens razão!
Estás a ficar sem a minha companhia,
e queres então???
Observo quantas luzes,
quanta magia no ar,
o vento me traz o perfume de ti,
respiro profundamente,
e adormeço em teus braços...
domingo, 28 de outubro de 2007
Cecília Meireles...
Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
sábado, 27 de outubro de 2007
Fernando Pessoa...
O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.
Boa noite de sábado a todos...
Selinho...
sábado, 20 de outubro de 2007
Querer é poder...
Quando você não possui o que deseja , você pode valorizar aquilo que tem.
Se não consegue obter a afeição daqueles a quem ama, não se esqueça de se dedicar aos que amam você, especialmente quando necessitam do seu concurso.
Quando não se lhe faça possível criar a grande alegria que alguém lhe solicite, você pode doar a esse alguém o sorriso que menos lhe custa.
Se não dispõe de recursos para colaborar com o muito com que estimaria brindar a essa ou aquela realização de beneficência, oferte a migalha ao seu alcance.
O essencial não é o tamanho do bem que se queira e, sim, o tamanho do amor que você coloque no bem que decida a fazer.
(Francisco Cândido Xavier)
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Boa noite...
Eu te amo, por quê?
As Sem-Razões do Amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Feliz aniversário...
Ao meu querido e amado companheiro. Feliz aniversário...pra você, o barquinho, com muito carinho...
Dia de luz, festa de sol,
Um barquinho a deslizar, no macio azul do mar,
Tudo é verão e o amor se faz,
Num barquinho pelo mar, que desliza sem parar,
Sem intenção nossa canção, vai saindo desse mar e o sol,
Beija o barco e luz, dias tão azuis,
Volta do mar, desmaia o sol,
E o barquinho a deslizar, e a vontade de cantar,
Céu tão azul, ilhas do sul
E o barquinho e o coração deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz,
Uma calma de verão e então,
O barquinho vai, a tardinha cai,
O barquinho vai, a tardinha cai..
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Reflexão...
Hoje é o Dia do Professor!
"Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou, seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente, natural como um dia mostrando tudo, meu mestre, meu coração não aprendeu a tua solenidade, meu coração não aprendeu nada e nada, meu coração está perdido."
(Fernando Pessoa)
"O professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu nos livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que quer aprender." (Affonso Romano de Sant'anna)
sábado, 13 de outubro de 2007
Círio...
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Meus Oito Anos - Casimiro de Abreu...
Meus Oito Anos
(Casimiro de Abreu)
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Mensagem do dia...
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Augusto dos Anjos...
Solitário
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como
O
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Frase e imagem do dia...
domingo, 7 de outubro de 2007
Cecília Meireles...
Mulher ao espelho
Hoje que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz.
Já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
Que mal faz, esta cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se tudo é tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
Por fora, serei como queira
a moda, que me vai matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.