sábado, 29 de março de 2008

Para Márcia (clarinha)...



"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento." - (Clarice Lispector)


Dá um certo desânimo quando alguém desiste de fazer postagens em seu blog. Para quem não tem, inicialmente pode parecer que é fácil, mas não é não. Optei por falar através do poetas, uma vez que é mais cômodo fazer uso das palavras, das poesias que muita gente conhece e acredito agradar. Às vezes dá vontade de escrever, vêm as palavras, o tema, o momento, mas o tempo, muitas vezes não está na mesma direção, pois é dedicação que se precisa, afinal de contas escrever considero um dom, e cá pra nós, não é “a minha praia”, apesar de gostar, “querer não é poder”, e ainda, precisa de emoção, muita emoção. Além do mais, tenho que contar com aquela preguiçinha peculiar sabe, e os erros de português, ufa! Não sou perfeita e nem quero ser tá?!

Aprecio quem escreve bem, que transparece uma tranqüilidade, mesmo que seja momentânea, e assim apreciava os escritos da amiga virtual Márcia (clarinha) do blog Brincando com Palavras. Em outras palavras, ela disse que “a fonte secou”, hum, não acredito. Do jeito que a Marcinha dava sentido, propriedade e delicadeza em suas palavras penso: aquela fonte jamais secaria. Acredito e espero que ela dê um tempo apenas, recarregue as energias e logo, logo estará pronta para acionar seu maravilhoso blog, mesmo que seja em outro estilo, tenho certeza que será de muito bom gosto.

Hoje, quando li a postagem da Márcia (clarinha) houve sintonia com o que eu havia pensado minutos antes de ligar o computador e ver a postagem: dar um tempo do blog, não estou a fim, sei lá. Confesso que até deletar pensei, mas recordei de certa vez em que o Pedro Nelito disse: “Mari, e aí, as postagens e principalmente as pessoas que comentaram...? Realmente, diante disso procuro preservar e afastar o meu dedinho da tecla - Delete –

Bom, quero apenas dizer que desejo que a Márcia (clarinha) retorne o mais breve possível e que não abandone os amigos virtuais que vão continuar a sua espera nas postagens do Brincando com Palavras, bem como nos comentários, especialmente este blog...

Bj Clarinha!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Pablo Neruda...

Boa semana a todos. Até...



Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.


domingo, 23 de março de 2008

Bom dia...


Feliz Domingo de Páscoa!

Lu, Cris, Beija-flor, Márcia (Clarinha), Pedro, Luana, Bruno, Xico, Walter, Ivan, Juca e demais amigos da blogosfera...





sábado, 22 de março de 2008

Glenn Miller...

A música, eu tenho ouvido constantemente e viajado em meus sonhos. Há pouco era acionada automaticamente a quem visitava o meu blog. Agora, ainda na voz de Frank Sinatra, e em postagem muito especial para mim, estendo neste momento o limite (que não há) de meus sonhos a todos os visitantes deste blog, portadores de profunda sensibilidade, que afinal é o que repassa esta melodia...



Alton Glenn Miller (Clarinda, Iowa, 1 de Março de 190415 de Dezembro de 1944) foi um músico de jazz estadunidense. Ingressou no exército americano durante a 2.ª Guerra Mundial, tendo-lhe sido dado o posto de capitão, sendo promovido mais tarde a major e a diretor da banda da força aérea dos Estados Unidos na Europa. Ao voar de Inglaterra para Paris, desapareceu; não tendo os corpos nem os destroços dos ocupantes do avião em que viajava sido avistados ou recuperados. Estudou na Universidade de Colorado, e em 1926 transformara-se num trombonista profissional na banda de Ben Pollack. Em 1930, já era músico independente e reconhecido em Nova York. O som do trombone de Miller, era imediatamente reconhecível e muito copiado, baseava-se em princípios musicais muito simples, como foram todos os seus grandes sucessos, incluindo a sua própria composição, Moonlight Serenade que nasceu de um exercício que tinha escrito para Joseph Schillinger. (Fonte: wikipédia - mais informações)

Moonlight Serenade

Composição: Glenn Miller

I stand at your gate and the song that I sing is of moonlight.
I stand and I wait for the touch of your hand in the June night.
The roses are sighing a Moonlight Serenade.

The stars are aglow and tonight how their light sets me dreaming.
My love, do you know that your eyes are like stars brightly beaming?
I bring you and sing you a Moonlight Serenade.

Let us stray till break of day
in love's valley of dreams.
Just you and I, a summer sky,
a heavenly breeze kissing the trees.

So don't let me wait, come to me tenderly in the June night.
I stand at your gate and I sing you a song in the moonlight,
a love song, my darling, a Moonlight Serenade.


Tradução


Serenata Ao Luar

Estrelas estão brilhantes
E esta noite suas luzes me põem sonhando
Meu amor, você sabe que seus olhos são
Como o piscar brilhante das estrelas?
Eu te trago e canto para você
Uma serenata ao luar

Vamos nos desviar de tudo até o raiar do dia
No vale do amor dos sonhos
Você e eu, um céu de verão
Uma brisa celestial beija as árvores

Então não me deixe esperar,
Venha para mim delicadamente na luz de Junho
Eu fico de pé no seu portão
E canto uma música para você no luar
Uma música de amor, minha querida
Uma serenata ao luar

Nós podemos ficar até o raiar do dia
No vale do amor dos sonhos
Você e eu, um céu de verão
Uma brisa celestial beija as árvores

Então, não me deixe esperar,
Venha para mim delicadamente na luz de Junho
Eu fico de pé no seu portão
E canto uma música para você no luar
Uma música de amor, minha querida
Uma serenata ao luar



Moonlight Serenade - by Frank Sinatra

sexta-feira, 21 de março de 2008

Imagem do dia...


Bela escultura, belo momento do artista para a humanidade...


Pietà - (Michelangelo)

domingo, 16 de março de 2008

Pense, meu coração...


Pense e sinta o meu coração, bater dentro de ti. Semana de amor para os nossos corações...


olhares.com


Basta pensar em sentir
Para
sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.

Fernando Pessoa, 14-6-1932



sábado, 15 de março de 2008

Pensamento...


Muito bom dia a todos...



“As flores desabrocham para continuar a viver, pois reter é perecer.”

(Khalil Gibran)


quinta-feira, 13 de março de 2008

Arte de amar...

E como se entendem os corpos...



Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.

A alma é que estraga o amor.

Só em Deus ela pode encontrar satisfação.

Não noutra alma.

Só em Deus — ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

(Manuel Bandeira)

domingo, 9 de março de 2008

Mensagem da semana...

Uma semana de muito amor, saúde e paz a todos...




Melindres


Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração
Dê aos outros a liberdade de pensar

tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muitas vezes, uma opinião diversa da sua,
pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio,
se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir acaba na condição de espinheiro.

(Francisco Cândido Xavier)


sábado, 8 de março de 2008

Rosa - Mulher...

Homenagem especial a todas as mulheres, guerreiras do nosso dia-a-dia...



Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em
conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

(Pixinguinha)


domingo, 2 de março de 2008

Florbela Espanca...

A magia das palavras, por muito, certas. Boa semana a todos...




Amiga

Deixa-me ser a tua amiga, Amor;
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for
Bendito sejas tu por mo dizeres!

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei prà minha boca!...


...

Se assim fosse, seria uma maravilha...

O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.

William Shakespeare

Lu...

Dia 29-02-2008, foi a formatura em Jornalismo, da amiga Luciane Barros Fiuza de Mello. Parabéns Lu! Este será um novo caminho rumo aos seus sonhos e que você os alcance em breve. Bjs...


Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

(Mário Quintana)



Registro: Em momento agradável na Sol Informática com a amiga Lu no dia 20-02-2008...


Cai chuva...





Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.

Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.

Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração.

(Fernando Pessoa, 15-11-1930)


sábado, 1 de março de 2008

Ontem...

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa, 1931.