domingo, 30 de setembro de 2007

Sentir primeiro...

Bom dia...


Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

(Mário Quintana)


Cruz e Sousa...

INÊS



Tem teu nome a estranha graça
De uma galga verde, estranha.
Certo langor te adelgaça,
Certo encanto te acompanha.

És velada, quebradiça
Como teu nome é velado.
Certa flor curiosa viça
No teu corpo edenizado.

Chamam-te a Inês dos quebrantos,
A galga verde, a felina,
Amaranto de amarantos,
Das franzinas a franzina.

Teus olhos, langues aquários
Adormentados de cisma,
Vivem mudos, solitários
Como uma treva que abisma.

Tua boca, vivo cravo
Sangüíneo, púrpuro, ardente,
De certa forma tem travo
Embora veladamente.

És lírio de velho outono,
Meiga Inês, e de tal sorte
Que já vives no abandono,
Meio enevoada da morte.

Teu beijo, do rosmaninho
Tem o sainete amargoso...
Lembra a saudade de um vinho
Secreto, mas venenoso.

Por um mistério indizível
Não te é dado amar na terra.
Vem de longe o Indefinível
Que os teus silêncios encerra!

Deus fechou-te a sete chaves
O coração lá no fundo...
Mas deu-te as asas das aves
Para irradiares no mundo.

domingo, 23 de setembro de 2007

Let me try again...

Mistura de emoção, sentimento duradouro do acaso, nostalgia, até mesmo paixão. Uma busca interior que faz rever os caminhos do coração...

Já procurei e ainda não encontrei o CD contendo esta música e peço, se alguém o ver, por favor que me informe. Ontem carinhosamente ganhei um DVD de Frank Sinatra, cuja pessoa, por saber da minha paixão por essa música, não hesitou em nenhum momento em adquirir a raridade, pois é muito difícil encontrá-la. Fiz buscas na internet e não foi tão fácil encontrar um vídeo onde o próprio Sinatra canta a divina melodia. A letra, a tradução da música e o próprio Frank Sinatra reunidos em uma só paixão para os que apreciam, a voz...

Let me try again, não pesquisei a composição, peço desculpas por alguma falha. É a minha postagem especial da semana. Bjs




LET ME TRY AGAIN
Frank Sinatra

I know I said that I was leaving,
But I just couldn't say good-bye.
It was only self-deceiving
To walk away from someone who
Means everything in life to you.
You learn from every lonely day
I've learned and I've come back to stay.
Let me try again
Let me try again.
Think of all we had before,
Let me try once more.
We can have it all, you and I again.
Just forgive me or I'll die.
Please let me try again.
I was such a fool to doubt you,
To try to go it all alone.
There's no sense to life without you.
Now all I do is just exist
And think about the chance I've missed.
To beg is not an easy task,
But pride is such a foolish mask.
Let me try again
Let me try again.
Think of all we had before,
Let me try once more.
We can have it all, you and I again.
Just forgive me or I'll die.
Please let me try again.

DEIXE-ME TENTAR NOVAMENTE
Frank Sinatra

Eu sei que disse que estava partindo
Mas eu simplesmente não pude dizer adeus
Era apenas estar enganando a mim mesmo
Fugir de alguém que
Significa tudo na vida para você
Você aprende com cada dia de solidão
Eu aprendi e voltei para ficar
Deixe-me tentar novamente
Deixe-me tentar novamente
Pense em tudo que tivemos antes
Deixe me tentar mais uma vez
Nós podemos ter tudo, eu e você novamente
Basta me perdoar ou morrerei
Por favor deixe-me tentar novamente.
Eu fui um tolo por duvidar de você
E por tentar ficar sozinho
Não há sentido na vida sem você
Agora tudo que faço é só existir
E pensar na chance que perdi
Implorar não é uma tarefa fácil
Mas o orgulho é uma máscara muito tola.
Deixe-me tentar novamente
Deixe-me tentar novamente
Pense em tudo que tivemos antes
Deixe-me tentar mais uma vez
Nós podemos ter tudo, eu e você novamente
Basta me perdoar ou morrerei
Por favor deixe-me tentar novamente

Fernando Pessoa...

E assim tento, sossegar o meu coração...
Muito bom dia a todos.



Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.


sábado, 22 de setembro de 2007

Volúpia...

E assim, às vezes me vejo, lembrando o Aquarelas...




No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade…
A nuvem que arrastou o vento norte…
— Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço…
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças…

(Florbela Espanca)



É primavera...


E assim me vejo em cores,
flores de todas as cores
que correm pelos jardins...



Cores que alegram os campos,
que alegram os corações,
cores de da vida...



Felicidade é viver em cores,
ver as cores nas flores,



Sentir e sentir o perfume das flores,
brincar com elas, acariciá-las,
ofertá-las as pessoas...


Flores e flores,
que alegram a vida,
que perfumam as pessoas,

flores pra você...



Às vezes, assim me vejo...


O auto retrato

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
Ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
E, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

(Mário Quintana)



quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Preserve a natureza...

21 de setembro, Dia da Árvore...


VELHAS ÁRVORES

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

(Olavo Bilac)

Não entendo...



Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector



terça-feira, 18 de setembro de 2007

Luz...

Imagem da semana...

Amar...


Peder Severin Kroyer

Amor e seu Tempo

Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais revolva,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não imprevisto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe

Valendo a pena o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida. Amor começa tarde.

(Carlos Drummond de Andrade )


domingo, 16 de setembro de 2007

Um ano de amizade...

"A blogosfera revelou uma amizade singela e alegre.
Amiga Mari receba este CD como um verdadeiro mimo.
Te desejo paz e felicidade.
Um forte abraço.

Pedro

Em, 15-09-2006"



É o que diz o escrito pelo amigo Pedro Nelito no CD acima que me ofertou há um ano. No CD consta a data de 15-09-2006, mas, na realidade era dia 16-09-2006, um sábado. Com certeza o cérebro do meu querido amigo já deveria estar tomado de algumas cevadas ou quem sabe de algumas taças, quiçá, da garrafa inteira do Periquita, rsrsrs, embora não tenha percebido tanto, posto que ainda parecia lúcido.

Pedro, para mim você é uma amizade muito legal e espero que perdure por muitos anos. Prometo relevar as eventuais máscaras de tua parte, rsrsrs

Um brinde a nossa amizade neste dia.

Adoro você.

Um abraço carinhoso.

Mari


sábado, 15 de setembro de 2007

Noite...

É sabado e observo a noite...


...uma criança e dela sou brinquedo.


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Separação...

Saindo de mim

(Ivan Lins e Vítor Martins)


Você foi saindo de mim
Com palavras tão leves
De uma forma tão branda
De quem partiu alegre
 
Você foi saindo de mim
Com sorriso impune
Como se toda faca
Não tivesse dois gumes
 
Você foi saindo de mim
Devagar e pra sempre
De uma forma sincera
Definitivamente
 
Você foi saindo de mim
Por todos os meus poros
E ainda está saindo
 
Nas vezes em que choro
Nas vezes em que choro
 
Você foi saindo de mim.

Fim de tarde...

Nós dois
(Tadeu Franco)



E nos que nem sabemos quanto nos queremos 
Que nem sabemos tudo que queremos, 
Como é difícil o desejo de amar
Você que nem me soube quanto eu quis
Que não me coube, não me viu raiz, 
Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu na janela olhando a lua, perguntando a lua 
Onde você foi amar ?
E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós laçados em dois nós 
Um que é meu beijo o outro lábio seu
Não sei sair cantando sem contar você, 
Eu sei cantar mais conto com você .
Que eu vou seguir mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer 
Queria me rimar no teu colo mulher
Vencer a vida donde ela vier 
Ganhar o seu chegar no chegar meu 
Dar de mim o homem que é seu 
Ganhar o seu chegar no chegar meu, 
dar de mim o homem que é seu.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Infância perdida...

Eu teria tanta coisa pra falar a respeito desta triste imagem, já falando. Absurdos que ocorrem em nosso país, escândalos na política e, ao que observo parece que riem de tudo. Mulheres nuas estampadas nas revistas e jornais ao que parece ser motivo de aplauso e prazer, e tudo passa sem que percebamos as nossas crianças. Com lamentáveis cenas de crianças nos semáforos das cidades e nas ruas, praticando mendincância, vendendo, enfim, esta é mais uma imagem que passa despercebida...

Criança da Vila Recanto dos Pássaros, em Teresina, vende peixe nas ruas.


Foto: José Alves Filho (olhares.com)



Um brinde...

... à primavera, à poesia, à música, aos amigos, ao amor e especialmente à vida...

Foto: Antonio Manuel Pinto da Silva

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Momento descontração...

Um momento de descontração para mim, o Pedro, a Cris, Bruno, Ivan, Walter, Teca, Companheira, Nilton, Juca, Xico, Mário Jorge, Esfinge, Jade, Silvana, Roberto Queiroz, Isomary, Adri, Eliete e demais da blogosfera. Vamos fazer a coreografia tá. Chega de estresse, tenhamos todos uma ótima semana. Rsrsrsrs e bjsbjsbjs...



domingo, 9 de setembro de 2007

Mensagens da semana...

Da observação

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...



O amoroso esquecimento

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

(Mário Quintana - Espelho Mágico)

Poderosa...

A Cris se empolgou com a postagem do "Meu momento Chico Buarque" e ofereceu-me em seu blog a música abaixo, a qual achei engraçada. Então, restou-me publicar a letra associada a uma fotografia, como sempre o faço e agradecer a Cris pela Capitu, rsrsrs. Adorei amiga. Bjs...



Walmir Piva (olhares.com)





Capitu

(Ná Ozzetti)

De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil, hábil, hábil
E pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante
W W W
Ponto
Poderosa ponto com

É esse o seu modo de ser ambíguo
Sábio, sábio
E todo encanto
Canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar

Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante

Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular

Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu

No
site o seu poder provoca o ócio, o ócio
Um passo para o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar

Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu

Nasce uma flor...

Dia 06 de setembro, nasceu uma flor, nasceu a Nicole. Sua mãe, minha amiga Mari (lidia) está feliz e não é pra menos, com a chegada dessa flor. Que ambas sejam sempre iluminadas. Parabéns Mari e cheirinho no pezinho da Nicole tá...

A voz...

Gente, confesso a vocês que a morte desse homem dói em mim. Bateu uma tristeza tão grande e o coração apertado chora por essa voz, especialmente esta música. Saudade dele nos palcos, embora nunca e infelizmente não tenha tido a oportunidade de assisti-lo ao vivo, mas, mesmo de longe, para mim sempre foi um encanto...

Luciano Pavarotti - Nessun Dorma, em Paris - 1998.

Bom dia...

Bom dia. Manhã ensolarada de setembro, apesar de algumas nuvens no céu. Calma, não é o local da foto. Um dia, quem sabe né?! Mudei, novamente a roupagem (cores) do meu blog. Sei que não sossego e há quem diga "impressionante a tua mudança de humor." Ah! Não adianta mesmice, rotina é algo que não aprecio, embora faça parte do nosso cotidiano, e já que não se pode mudar algumas coisas, ao menos mudo a roupagem do blog, rsrsrs. Espero que tenham gostado. Bjs...

Foto: Jovino C. Batista (olhares.com)
Trondheim - Noruega




sábado, 8 de setembro de 2007

O amor é fogo...

Amor é fogo que arde sem se ver...



É ferida que dói e não se sente...


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Solidão...

Como dói a solidão...

Às vezes, não temos com quem dividir nossas emoções e apesar da presença de outras pessoas, não é o suficiente para eliminar o sentimento da solidão, estado de quem se acha só ou se sente desacompanhado...

Feriado...

Neste feriado, nada de trabalho. Ao menos por alguns instantes fiquemos sem fazer nada tá. Vamos aproveitar e fugir um pouco dos compromissos e do estresse...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Nunca mais...

Nunca mais, alguém, será?...


Nunca mais


Hoje estou desatando da memória as imagens de amor.
As minhas, as nossas imagens de amor,
porque as coisas são como são:
no momento em que escrevo e no momento em que você lê,
abrimos esses arquivos de imagens geradas a partir do amor, que são
- vamos admiti-lo antes que seja tarde,
- os nossos arquivos prediletos.
Tudo o que realmente nos interessa está arquivado ali.
Na câmara escura das nossas recordações.
Imagens que vamos recolhendo vida afora.
Elas têm nome e uma história para contar, cada uma delas.
E nostalgia.

Nada mais é do que a saudade da emoção vivida,
num determinado momento que passou veloz.
Emoções e emoções e ainda tanta emoção a ser vivida!
Muito além dos indivíduos, além das particularidades.
E todas essas químicas se processando no nosso corpo,
pois há quem diga que amor nada mais é do que uma sensação provocada,
para evitar a loucura da espécie e perpetuar o predador.
Uma ilusão passageira, uma descarga de substâncias certas no sistema.
Lubrificação.
Cuidados com a máquina.

Seja lá o que for, andei tomando resoluções práticas para a existência.
Porque nunca mais nesta vida quero ter saudade de beijo.
Nunca mais a nostalgia daquele mundo de línguas
dançando balé no céu das nossas bocas.
Nunca mais!

E juro que nunca mais nesta vida quero tentar entender o amor.
Quero deixar que ele passe por mim, como um pé de vento
que sopra folhas e poeira num arranjo aprumado.
Eu fico ali, no meio do redemoinho, só achando tudo muito bom.
Depois, o amor se vai e a gente continua a tocar a existência.
Assim é que deve ser.

Nunca mais nesta vida quero gente se indo. Já está de bom tamanho.
Coração da gente vai absorvendo os golpes:
que são muitos e de todos os lados, sempre.
Com quase todo mundo é assim.
De repente, as pessoas começam a ir embora, por morte matada e morrida,
por desamor, por tristeza, por ansiedade, por medos diversos,
seu coração vai recebendo as pancadas e uma hora dá vontade de dar um berro,
sair vomitando as mágoas todas que a gente foi engolindo.

Nunca mais gente partindo sem motivo aparente,
sem dar nome aos bois ou uma denúncia vazia.
Nesta vida, nunca mais!

E nunca mais, nesta breve passagem, a palavra não dita, o gesto parado no ar,
dissolvido antes do afago. Nunca mais a dose nossa de orgulho besta,
a solidão das noites perdidas por amor desenganado, o coração parado, à espreita.
Isso, não. Quanto mais o tempo passa, mais a urgência da felicidade ilusória
e da química do bem-estar, essas coisas todas que se operam em nossos íntimos.
Nunca mais.

Nunca mais um dia atirado ao nada,
nunca mais o verbo que não se completa,
todas as palavras que não foram ditas - verdades -, todas elas,
uma após a outra, formando frases, pensamentos, sentimentos,
amor costurando o texto,
que é linha que não refuga de jeito nenhum.

Nunca mais!
O coração se magoando todo o dia,
a gente engolindo sapos e lagartos e se esquecendo
de que é capaz de mudar cada uma das histórias,
reescrever o livro das nossas vidas.
Uma hora mais cedo e a cena teria sido outra ou o que teria acontecido
se você não tivesse ido àquele lugar, àquela noite,
quando o universo conspirava contra nós, ou a nosso favor?

Quem é que vai nos explicar?
Ninguém. Ou alguém.

Miguel Falabella


domingo, 2 de setembro de 2007

Impressionismo...

Femmes au jardin, cuja tradução portuguesa é Mulheres no jardim, é uma pintura do impressionista francês Claude Monet. Datado de 1866-1867, é um óleo sobre tela e, atualmente, pertence à coleção do Museu de Orsay, onde estão expostas algumas das maiores obras-primas do impressionismo e do realismo... (fonte: wikipédia)


Acaso...


Que vontade de sofrer,
Clama meu coração
Arraigado de sentimentos
Que transcendem o espaço

Passarão as horas,
Os caminhos, as ruelas
A vida...

Ficarás a um passo
Da minha caminhada
rumo ao cogito,
de uma estrada sem fim.

Não sei se vou te encontrar...

Passarão os pássaros
Que chegarão a ti
E a mim caberá apenas
O acaso de um lamento.

Meu momento Chico Buarque...

Este é o meu momento Chico Buarque. Estas músicas não me saem dos pensamentos, acho até um momento extasiante de ser... Vai aí um bom vinho?? Rsrsrs
Deixa que o Chico, a Elis e a Zizi falem por mim...




O meu amor - Chico Buarque (Do musical Ópera do Malandro), "...meu corpo é testemunha do bem que ele te faz..."




Pedaço de mim - Chico Buarque e Zizi Possi. " Saudade, saudade que dói..."




Olhos nos olhos - Chico Buarque, "...quantos homens me amaram bem mais e melhor que você..."




Eu te amo - Clip - Chico Buarque e Elis Regina, "...meus seios e meu coração ainda estão em tuas mãos..."

sábado, 1 de setembro de 2007

Manhãs de Setembro (Vanusa)...

É setembro, início da primavera, e belas manhãs de setembro virão, flores pelos campos, jardins. Flores com carinho pra você...