Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo d’essas crenças que passaram,
E quero sempre tê-las ao meu lado!
Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão,
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos do Passado!
Ai! não me arranques d’alma este conforto!
Quero abraçar o meu Passado morto
Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!
Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!
(Augusto dos Anjos)
4 comentários:
Hummm, mata eu, mata.
Cada poesia perfeia que vc coloca aqui.
(Eu me inspirei em vc e na Cris e mudei também a cara do meu
Bjos
Esse Augusto dos Anjos, só tem mesmo o nome... rsrs...
Beijos.
Olhe, fiz o print mas não coloquei porque o nome não apareceu novamente. Mas assim ficou lindo tb. Bem feminino.
Beijocas.
E está lindo o teu blog Beija-flor. Adorei também a foto do perfil. Está muito elegante.
Bjs
Cris,
Olha a malícia com o poeta, rsrsrs
Quando tiver um tempinho vou tentar modificar a letra do Pedra...
Bjs
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