segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Tempos idos...


Não enterres, coveiro, o meu Passado,

Tem pena dessas cinzas que ficaram;

Eu vivo d’essas crenças que passaram,

E quero sempre tê-las ao meu lado!


Não, não quero o meu sonho sepultado

No cemitério da Desilusão,

Que não se enterra assim sem compaixão

Os escombros benditos do Passado!


Ai! não me arranques d’alma este conforto!

Quero abraçar o meu Passado morto

Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!


Deixa ao menos que eu suba à Eternidade

Velado pelo círio da Saudade,

Ao dobre funeral dos tempos idos!

(Augusto dos Anjos)



4 comentários:

Codinome Beija-Flor disse...

Hummm, mata eu, mata.
Cada poesia perfeia que vc coloca aqui.

(Eu me inspirei em vc e na Cris e mudei também a cara do meu
Bjos

morenocris disse...

Esse Augusto dos Anjos, só tem mesmo o nome... rsrs...

Beijos.

Olhe, fiz o print mas não coloquei porque o nome não apareceu novamente. Mas assim ficou lindo tb. Bem feminino.

Beijocas.

Mari disse...

E está lindo o teu blog Beija-flor. Adorei também a foto do perfil. Está muito elegante.

Bjs

Mari disse...

Cris,

Olha a malícia com o poeta, rsrsrs

Quando tiver um tempinho vou tentar modificar a letra do Pedra...

Bjs