Meu doido coração aonde vais,No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...
(Florbela Espanca)
4 comentários:
Veja só minha amiga Mari, Florbela. por viver uma louca paixão por seu irmão, não consegue alcançar a quietude que ela almejava. E tanta inquietação para um coração ardente, ensejou em seu suicídio.
Uma pena.
Xico Rocha
Xico,
Realmente foi um lamentável episódio. Do coração apaixonado de Florbela, restam-nos as suas lindas e belas poesias, que ardem no peito dos apaixonados...
Bj
Bom demais saber que vc não me abandona nunquinha.
Voltei sim flor, como não voltar tendo vc como leitora especial.
Bjos
Obrigada Florzinha! Você tem que continuar com sua jornada na blogosfera tá?!
Bjs
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