Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!..."
(Florbela Espanca)
2 comentários:
É quando amamos o sol brilha até de madrugada.
Beleza de poesia de Floris (olha a intimidade!!!)
PS - ainda não sei fazer a imagem se mexer. Pode????????????
Ei, essa cor no blog fica melhor.
Bjs
Tekinha,
Brilha mesmo viu.
PS. Já te falei para sacudir o computador, rsrsrs...
É, um verdinho para mudar um pouco.
Bjs
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