Esta ansiedade que nos enche o peito 
Enche o céu, enche o mar, fecunda a terra.
Ela os germens puríssimos encerra 
Do Sentimento límpido, perfeito.
Em jorros cristalinos o direito, 
A paz vencendo as convulsões da guerra, 
A liberdade que abre as asas e erra 
Pelos caminhos do Infinito eleito.
Tudo na mesma ansiedade gira, 
Rola no Espaço, dentre a luz suspira 
E chora, chora, amargamente chora...
Tudo nos turbilhões da Imensidade 
Se confunde na trágica ansiedade 
Que almas, estrelas, amplidões devora. 
Cruz e Souza

 
 
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