domingo, 27 de maio de 2007

Afago...

Polêmica do amor
Despedida de ti
Amar pra quê?

Contudo, condenas
A arte de amar
E digo a ti
Violas o véu e a riqueza
Da incansável simpatia, mas

Sutil clareza ilumina
A fonte do meu querer bem
E assim confesso a ti
Dormes no meu afago.


Naturalmente feliz...

Hoje, domingo...
Despertei, naturalmente feliz, após um dia de encontros e também de desencontros. A vida é assim, permaneçamos com a nossa paz interior e com o sol e seu brilho iluminando nossas vidas...
Um beijo.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Meu aniversário - 26 / 05 ...

Ah! Gente tô sem idéia, cansadinha, sabe como é, labuta diária. Gostaria de fazer digamos assim "uns escritos" a respeito da rotina do que é aniversariar todos os dias, mas adianto, para mim é uma felicidade e inicialmente agradeço à Deus por todos os dias da minha vida. Portanto, todo dia é dia de aniversário, mas hoje é especial e assim já diminuindo "os escritos", aqui a poesia abaixo e um pedacinho de bolinho a todos. Beijos mil. Mari com carinho. Depois escrevo mais tá, rsrsrs



O dia da criação
(Vinicius de Moraes)
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

E é o dia do meu aniversário...



domingo, 20 de maio de 2007

Hino ao amor - Edith Piaf

Édith Giovanna Gassion, mais conhecida como Édith Piaf, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Grasse, 10 de outubro de 1963) . Cantora francesa, reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson. Teve uma vida boêmia, regada à privações na infância, assim como o vício do álcool, mistura perigosa colocando um fim precoce à vida, falecendo aos 47 anos de idade, em Grasse. A França perdeu a maior das suas chansonnières que se tem registro. Cantora e compositora imortal, suas letras retrataram, em tom de drama ou de alegre sátira, boa parte da história social e amorosa dos parisienses do século XX, levando sua voz peculiar, inconfundível, tornada universal, para todas as partes do mundo, como símbolo do renascimento francês depois da desastrosa experiência da IIª Guerra Mundial. (fonte: wikipédia e educaterra)



Hino ao amor (Hymne à l´amour)
Edith Piaf
(Tradução)


O céu azul sobre nós pode desabar
E a terra bem pode desmoronar
Pouco me importa, se tu me amas
Pouco se me dá o mundo inteiro


Desde que o amor inunde minhas manhãs
Desde que meu corpo esteja fremindo sob tuas mãos
Pouco me importam os problemas
Meu amor, já que tu me amas.


Eu irei até o fim do mundo
Mandarei pintar meu cabelo de louro
(ou: Me transformarei em loura)

Se tu me pedires
Irei despendurar a lua
Irei roubar a fortuna
Se tu me pedires


Eu renegarei minha pátria
Renegarei meus amigos
Se tu me pedires
Bem podem rir de mim
Farei o que quer que seja
Se tu me pedires


Se um dia a vida te arrancar de mim
Se tu morreres, se estiveres longe de mim
Pouco me importa, se tu me amas,
Porque eu morrerei também


Teremos para nós a eternidade,
No azul de toda a imensidão
No céu não haverá mais problemas
Meu amor, acredite que nos amamos.
Deus reúne os que se amam.

sábado, 19 de maio de 2007

Precisamos de paz...

Interessante imagem achei e resolvi postar. Um antagonismo à vida, preciosidade de todos nós...


sexta-feira, 18 de maio de 2007

Lua adversa...

Há pouco chegava em casa e observei a lua em seu quarto crescente, no céu. Percebi também a alegria do tempo, apesar de sua média temperatura, nada muito confortável, mas, dava para intuir um clima romântico no ar. É a lua e o seu poder de persuasão, é a lua e suas envolventes fases...




Lua adversa

Cecília Meireles


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha


Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.


E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Mário Quintana...

Pra vocês um pouco de amor. Vivamos de amor. Deixe-o nos envolver...


Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

sábado, 12 de maio de 2007

Mamãe...

Impossível não chorar quando fiz esta postagem. Enquanto a vida em mim florir, tua lembrança mãe, há de existir...


Mamãe (La mama)

Agnaldo Timóteo
(Charles Aznavour / Robert Gall / Vs.: Nazareno de Brito)


O véu da noite vai chegar
E docemente vai nublar
Os olhos meigos de mamãe


Que vendo a vida se apagar
Que tendo amor a transbordar
Repete ainda uma oração
Tremendo os lábios de emoção


Ao ver que estou a soluçar
E uma lágrima rolar
Me pede cheia de ternura
Que lhe dedique uma canção
Ai mamãe


Vejo em teu rosto angelical
Que Deus a chama Para si
Me castigando
Ai mamãe

Santa Maria envolverá
Com Sua luz celestial
E a voz de um anjo cantará
A sua Ave-Maria
Ave-Maria

Há tanto amor
Tanta bondade
Em teu viver
Oh mamãe

Enquanto a vida em mim florir
Tua lembrança há de existir

Hás de seguir
Sempre ao meu lado
Enquanto eu vivo
Oh mamãe

Quando chorar
Quando sorrir
Relembrarei
Ai mamãe

E jamais, jamais, jamais
Te afastará

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O Caderno - Toquinho...


Qual foi a música que você mais gostou? Pensei e rapidamente respondi: O Caderno.

A resposta soou meio que surpresa, pois pelo semblante percebi que pudesse escolher outra música. Mas, foi O Caderno mesmo que encantou-me ouvir. Claro que todas as outras músicas são maravilhosas (CD Toquinho 30 Anos), mas esta tocou-me no fundo peito, o lado criança de ser, a sensação de bem estar, o tempo de estudante.

Ouçam e por favor lembrem de mim, tá.

http://www.paixaoeromance.com/80decada/o_caderno/h_o_caderno.htm

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Pecadora...

Coincidentemente, o amigo Pedro postou nos comentários uma poesia do nobre poeta Augusto dos Anjos, do qual já pensava em fazer uma postagem. Achei assim meio paródia à postagem do bonitão, confesso que gostei e resolvi publicar. Nada como um grande poeta para desnudar o verme do pecado a que todos estamos vulneráveis...



Pecadora

Augusto dos Anjos

Tinha no olhar cetíneo, aveludado,
A chama cruel que arrasta os corações,
Os seios rijos eram dois brasões
Onde fulgia o simb’lo do Pecado.


Bela, divina, o porte emoldurado
No mármore sublime dos contornos,
Os seios brancos, palpitantes, mornos,
Dançavam-lhe no colo perfumado.

No entanto, esta mulher de grã beleza,
Moldada pela mão da Natureza,
Tornou-se a pecadora vil. Do fado,

Do destino fatal, presa, morria
Uma noute entre as vascas da agonia
Tendo no corpo o verme do pecado!

domingo, 6 de maio de 2007

Hum, hum...

Passeando pelo Caneta sem Fronteira (Walter Jr), deparei-me com esta beldade. Não entendi muito bem o que fazia no referido blog, uma vez que o Walter até pedia perdão aos leitores. Eu, particularmente, adorei e disse a ele que nem precisava pedir perdão. Na realidade, muito ligada em futebol não sabia nem de quem se tratava. Tal interesse foi tanto que, pesquisei na net, claro. Eis que, no site abaixo encontrei digamos assim, uns escritos sobre tão bela criatura. Estranho esse negócio de tecnossexual, mas, não quero nem saber disso. Chega de posts de mulher meio nua etc e tal. Taí, um bonitão em meu blog, só pra quebrar um pouco a razão das coisas tá. É a minha poesia da semana, e confesso ainda que estava sem idéias sobre o que deixar aos leitores, neste caso às leitoras de meu blog, durante a semana, porém, em frações de segundos quando vi este monumento, nossa! Tudo clareou. Rsrsrs e bjs...


Até o momento, o midiático David Beckham, o homem dos mil e um penteados, era o protótipo de homem a ser seguido. No entanto, parece ter sido deixado para trás pelo jogador do Arsenal Fredrick Ljungberg (1977, Suécia), que no ano passado protagonizou uma sensualíssima campanha para a Calvin Klein.

O sueco roubou o trono do inglês e agora é o exemplo perfeito do chamado homem tecnossexual, uma vez que, além de cuidar de sua aparência física como o metro, não perde a onda no que se refere à moda tecnológica: tem um moderníssimo telefone celular de terceira geração, seu computador está conectado à rede 24 horas por dia e sempre leva seu mp3 player para a concentração. (fonte: http://moda.terra.com.br/interna/0,,OI504466-EI1119,00.html)

sábado, 5 de maio de 2007

Saudade, metade de mim...

Uma angústia, nostalgia, tristeza. Vontade muitas vezes insana de alguma coisa. Aflição, dor no peito, ansiedade... tudo isso se resume a um sentimento chamado Saudade, que nos acompanha sempre que: lembramos de um ente que já se foi, um amor que partiu, uma amizade querida, um lugar onde estivemos, enfim. A saudade é sempre um pedaço de nós e muitas vezes a nossa metade. Chico Buarque diz tudo sobre a saudade nesta composição...






Pedaço de Mim

Composição: Chico Buarque

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Apenas um momento...


A estrada da vida é longa.
Às vezes sinto-me assim em meus pensamentos...
Horas se passam no espaço contemplação.
Nos recônditos do meu ser, busco um semelhante...

Chega a adoção de um silêncio que,
por último, tem sido o melhor companheiro.
À elevação de um olhar, encontro a paz...

Finco os pés no chão, absorvo uma energia...
através de um clima elevo a vida, e
caminho em direção a uma liberdade...

Liberdade vigiada, muitas vezes cruel.
Desprendo-me deste cordão e volto a mim.
E sei que estou aqui. O tempo de ontem se foi, e...
o amanhã, não sei se virá...


terça-feira, 1 de maio de 2007

Florbela Espanca...

As poesias de Florbela Espanca, a sinceridade de sentimentos, de palavras, a vivência de momentos sutis, prazerosos, infinitamente perfeitos...




Renúncia


A minha mocidade há muito pus
No tranqüilo convento da tristeza;
Lá passa dias, noites, sempre presa,
Olhos fechados, magras mãos em cruz...


Lá fora, a Noite, Satanás, seduz!
Desdobra-se em requintes de Beleza...
E como um beijo ardente a Natureza...
A minha cela é como um rio de luz...


Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!


Ainda a mortalha que te encerra!
Enche a boca de cinzas e de terra
Ó minha mocidade toda em flor!

Nada como um dia atrás do outro...

Gosto muito desta composição, especialmente na voz de Alcione. Todas as feridas da vida são curadas com o tempo e este advém de um dia após o outro...





Pode Esperar


Alcione

Composição: Roberto Correa / Sylvio Son


Nada como um dia atrás do outro

Tenho essa virtude de esperar

Eu sou maneira, sou de trato, sou faceira

Mas sou flor que não se cheira

É melhor se previnir pra não cair

Sou mulher que encara um desacato

Se eu não devolver no ato

Amanhã pode esperar

Estrutura tem meu coração

Pra suportar essa implosão

Que abalou meus alicerces de mulher

Mas a minha construção é forte

Sou madeira, sou de morte

Faça o vento que fizer


Meu sonho...

Autor: Ni Francisco

Parei as águas do meu sonho

para teu rosto se mirar.

Mas só a sombra dos meus olhos

ficou por cima, a procurar...

Os pássaros da madrugada

não têm coragem de cantar,

vendo o meu sonho interminável

e a esperança do meu olhar.

Procurei-te em vão pela terra,

perto do céu, por sobre o mar.

Se não chegas nem pelo sonho,

por que insisto em te imaginar ?

Quando vierem fechar meus olhos,

talvez não se deixem fechar.

Talvez pensem que o tempo volta,

e que vens, se o tempo voltar.

Cecília Meireles


Pablo Neruda...

Autor: Berenice Arruda

Quero saber

Quero saber se você vem comigo

a não andar e não falar,

quero saber se ao fim alcançaremos

a incomunicação; por fim

ir com alguém a ver o ar puro,

a luz listrada do mar de cada dia

ou um objeto terrestre

e não ter nada que trocar

por fim, não introduzir mercadorias

como o faziam os colonizadores

trocando baralhinhos por silêncio.

Pago eu aqui por teu silêncio.

De acordo, eu te dou o meu

com uma condição: não nos compreender.