segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pablo Neruda...


Viver intensamente a cada dia, não abre espaço para a morte dentro dentro de si. O morrer sempre será o último, depois do viver...

nuno moedas - olhares.com


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente...


Obs.: a amiga Elisângela Ferro, carinhosamente, enviou-me esta poesia

4 comentários:

Codinome Beija-Flor disse...

Há dias que eu "Morro lentamente".
Mas ainda eu aprendo.
Bjos

Citadino Kane disse...

Minha amiga, morro de saudades de ti...

Mari disse...

Flor,

Em vez de morrermos, revivamos a cada dia, acho bem melhor né??

Bj querida!

Mari disse...

Pedro querido,

Eu não morro, mas revivo a cada dia a saudade de ti...

Bj!