No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade…
A nuvem que arrastou o vento norte…
— Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço…
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças…
(Florbela Espanca)
10 comentários:
Florbela... uma poesia destilad�ssima, maravilhosa. De muito bom gosto.
Prazer, Lisa. Posso vir mais vezes?
Nessa volúpia de ser que tenho meus momentos melhores...
AH! Florbela, dona das palavras!
lindo findi,flor
Amiga, como sempre mais uma poesia belíssima, mas responde a uma curiosidade: Como conseguiste me fotografar?rsrsrsrsrsr
Eliete
Às vezes, Mari, gostaria de colocar umas fotos assim no meu blog. E olhe que encontro cada uma... rsrs...não sei porque me reprimo tanto!
Beijos.
Lisa,
Obrigada, adoro as poesias de Florbela, e claro que você pode vir quando quiser, fique à vontade.
Obrigada pela visita.
Abraços
Márcia,
A volúpia nossa de cada dia...
Bjs
Eliete,
Nesse ângulo deu para fotografar, rsrsrs
Bjs amiga.
Cris,
Não se reprima, não se reprima, Menudo pra ti tá, rsrsrsrs
Amiga eu busco uma poesia para aliar a imagem de forma que não fique vulgar. A vulgaridade choca, assim acho...bem como detesto...
Bjs
Mari,
Mais bonita que a poesia, só a tua foto artística.
Beijoca
Bruno
Bruno,
Apesar de linda a fotografia, ainda sou mais a poesia tá, rsrsrs
Bjs
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