domingo, 5 de agosto de 2007

Augusto dos Anjos...


A máscara

Eu sei que há muito pranto na existência,
Dores que ferem corações de pedra,
E onde a vida borbulha e o sangue medra,
Aí existe a mágoa em sua essência.

No delírio, porém, da febre ardente
Da ventura fugaz e transitória
O peito rompe a capa tormentória
Para sorrindo palpitar contente.

Assim a turba inconsciente passa,
Muitos que esgotam do prazer a taça
Sentem no peito a dor indefinida.

E entre a mágoa que masc’ra eterna apouca
A humanidade ri-se e ri-se louca
No carnaval intérmino da vida.



4 comentários:

Ivan Daniel disse...

Esse negócio de máscara eu passo.

Mari disse...

Ivan,

Pensei que fosses dizer que era com o Pedro, rsrsrs

Bjs

Jorge disse...

desconheço augusto dos anjos, mas gostei imenso do poema.

bj

Mari disse...

Jorge,

Neste blog, procuro não esquecer de Augusto dos Anjos. Sempre presente...

Bjs