A máscara
Eu sei que há muito pranto na existência,
Dores que ferem corações de pedra,
E onde a vida borbulha e o sangue medra,
Aí existe a mágoa em sua essência.
No delírio, porém, da febre ardente
Da ventura fugaz e transitória
O peito rompe a capa tormentória
Para sorrindo palpitar contente.
Assim a turba inconsciente passa,
Muitos que esgotam do prazer a taça
Sentem no peito a dor indefinida.
E entre a mágoa que masc’ra eterna apouca
A humanidade ri-se e ri-se louca
No carnaval intérmino da vida.
4 comentários:
Esse negócio de máscara eu passo.
Ivan,
Pensei que fosses dizer que era com o Pedro, rsrsrs
Bjs
desconheço augusto dos anjos, mas gostei imenso do poema.
bj
Jorge,
Neste blog, procuro não esquecer de Augusto dos Anjos. Sempre presente...
Bjs
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