As poesias de Florbela Espanca, a sinceridade de sentimentos, de palavras, a vivência de momentos sutis, prazerosos, infinitamente perfeitos...
Renúncia
A minha mocidade há muito pus
No tranqüilo convento da tristeza;
Lá passa dias, noites, sempre presa,
Olhos fechados, magras mãos em cruz...
Lá fora, a Noite, Satanás, seduz!
Desdobra-se em requintes de Beleza...
E como um beijo ardente a Natureza...
A minha cela é como um rio de luz...
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
Ainda a mortalha que te encerra!
Enche a boca de cinzas e de terra
Ó minha mocidade toda em flor!
4 comentários:
Mari,
te transformei em música.
Criei um novo blog.
E vc está lá em forma de canção.
Bjos
http://trilhasonorasegredosdaesfinge.blogspot.com/
Ah, como é bom ter a Mari de volta! Gosto muito daqui, como gostava de lá :-)
Esfinge,
Que bom saber que também sou música. Visitarei o blog.
Bjs
Mari
Ivan,
Fico feliz com tal assertiva, e saiba que a Mari é a mesma do Aquarelas viu!? Rsrsrs
Bjs
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